Olá pessoal! Estou de volta... Como esse ano estarei com uma turma de 3º ano/2ª série, estava zapeando pela net e encontrei algo muito interessante que gostaria de compartilhar. Vou editar algumas partes, mas a integra vocês podem encontrar no endereço a seguir:
http://pt.scribd.com/doc/6770759/Reescrita-de-Texto
REESCRITA DE TEXTO
As crianças que estão se alfabetizando agora apresentam uma maior dificuldade em produzir textos, você acha válido pedir que eles façam ou é melhor a reescrita de textos?
Acredito na máxima: “escrever se aprende escrevendo!” Os alunos recém-alfabéticos precisam ser postos para escrever para que se apropriem das características da linguagem escrita em situações de uso, ou seja, na prática da produção de textos.
A reescrita é uma atividade de produção de texto, segundo o referencial no qual me apóio que é o do PROFA “Letra e Vida” que, por sua vez, baseia-se no PCN. De acordo com o PCN a reescrita é classificada como uma produção com apoio.
Quando o aluno faz uma reescrita ele não precisa se preocupar com o que será escrito, pois isso o autor já fez; sua preocupação será como escrever o que já foi dito pelo autor. Portanto, é uma excelente atividade para se aprender como escrever: que palavras usar, como grafá-las, como segmentar o texto, como manter a seqüência dos fatos.
Já a produção de texto como estávamos acostumadas a fazer, é chamada de texto de autoria que é aquele em que o aluno tem que pensar tanto “o que” irá escrever quanto “como” irá escrever. São dois processos distintos e complexos e, por esse motivo, a orientação é começar sempre com a reescrita, para que o aluno se familiarize com as características de um determinado gênero textual e depois passar para a escrita de autoria.
De forma bastante básica, seria essa a seqüência a ser seguida a cada novo gênero textual apresentado à turma:
1 – leitura em voz alta de vários tipos de texto daquele gênero;
2 – reconto (oralmente);
3 – reescrita (individual, em duplas, coletiva);
4 – escrita de autoria.
SEQÜÊNCIA DIDÁTICA - PRODUÇÃO ORAL COM DESTINO ESCRITO.
Esta seqüência didática tem por objetivo que os alunos se familiarizem com a produção de contos de fadas. O contato freqüente com este gênero – que foi lido diariamente por você – e as conversas sobre essas leituras servirão de matéria-prima para que eles, mesmo sem escrever convencionalmente, possam ser autores de versões desses contos.
Isso será possível quando forem propostas atividades nas quais os alunos elaborem textos oralmente,ditando-os para que você faça o registro escrito na lousa ou em um cartaz. Ao ditar, os alunos precisarão sentir-se autores da história, mesmo não estando alfabetizados, e, portanto, é preciso que você tenha clareza do seu papel de escriba.
É importante destacar aqui que mesmo os alunos que já lêem e escrevem convencionalmente podem aprender muito com essa atividade, pois tal estratégia possibilita importantes discussões sobre a linguagem que se usa para escrever, e, em função disso, podem ampliar sua atuação como escritores autônomos.
Como escriba, você poderá utilizar, na frente dos alunos, estratégias de planejamento e revisão da produção coletiva. Isso quer dizer colocar em ação os conteúdos relacionados ao que consiste escrever para escritores mais experientes, realizando atividades de revisão de textos na presença e com a participação dos alunos que priorizem a análise e a reflexão sobre a língua e não apenas a correção do texto.
Essas ações com o texto permitem que os alunos:
• Compreendam para que se planeja um escrito;
• Pensem em diferentes opções para o início de um texto;
• Busquem distintas possibilidades de expressar cada idéia debatendo sobre a qualidade, beleza, precisão de cada uma das formas para escolher aquela que melhor concretiza o que se quer dizer;
• Atenham-se às diferenças entre o oral e o escrito, entre o coloquial e o formal, entre o que cabe apenas na fala e o que só faz parte do universo da escrita;.
• Leiam e releiam (ou ouçam e ouçam novamente) o que já foi escrito para assegurar a coerência com o que está por escrever ou para revisá-lo da perspectiva dos leitores. Tudo isso é imprescindível para que construam conhecimentos importantes sobre os comportamentos de escritor.
Os contos selecionados para esta seqüência deverão primar pela qualidade literária, pois, como sabemos, existem versões muito empobrecidas dos contos, tanto no que diz respeito à trama narrativa quanto ao cuidado com a linguagem. Por isso, quando encontrar um conto com muitas ilustrações e textos de apenas uma linha para cada página, descarte-o. Para esta situação, certamente este é um conto pouco adequado.
A produção ficará a cargo do grupo, mas isso não significa que você não vai poder interferir, muito pelo contrário. Seu papel será o de problematizar as elaborações feitas, confrontar as soluções dadas para um mesmo trecho e explicitar os comportamentos escritores: ler, reler e revisar, eliminar, trocar ou colocar novas palavras ou trechos, reler para ver como continua, para verificar se o texto está compreensível a um leitor ausente, se não tem repetições que o tornam cansativo. Como vê, você terá muito trabalho a fazer.
Mas lembre-se, você é o escriba. Não será preciso que os alunos copiem o texto produzido coletivamente. O objetivo maior desta seqüência é a realização de uma atividade de elaboração de texto com o foco na qualidade da linguagem que se escreve.
O QUE MAIS FAZER?
A continuidade desta atividade é, a partir da escolha do conto de fadas que será produzido oralmente, listar com eles os cenários e personagens que fazem parte do conto escolhido e pedir que, em pequenos grupos, façam, oralmente, descrições destes. Você deve anotar as descrições para retomá-las quando for produzir o texto.
Criar ilustrações para os personagens, neste contexto, faz todo o sentido. Colecione desenhos dos alunos, exponha e compare as diversas soluções encontradas por eles para bruxas, fadas etc. Embora esta seqüência didática esteja voltada para a linguagem que se escreve, é possível elaborar várias atividades de análise e reflexão sobre o sistema, voltadas, particularmente, para os alunos que ainda não escrevem convencionalmente.
Você pode propor que:
• Escrevam listas de seus personagens favoritos.
• Com os títulos de várias histórias conhecidas escritos em tiras de cartolina, descubram, em duplas ou trios, qual título está escrito em cada tira.
• Associem, em duas listas, o vilão e o protagonista de uma mesma história.
• A partir de uma descrição (lida por você), pedir que procurem, numa lista com vários personagens, aquele que você acabou de descrever.
Este procedimento de produzir textos oralmente pode ser amplamente utilizado, principalmente neste momento em que ainda têm muita dificuldade em grafar um texto, mas são perfeitamente capazes de compreender e produzir a linguagem escrita. Você pode propor a escrita de alguns trechos ou de outros tipos de textos, como os informativos, por exemplo.
ORIENTAÇÕES PARA A SONDAGEM: REESCRITA
1 – Escolha um texto de boa qualidade literária e que seja do gênero narrativo (conto, fábula, lenda);
2 – Faça a leitura em voz alta do texto para os alunos (se necessário, leia uma segunda vez para eles, mas somente se necessário);
3 – Faça com eles o reconto: oralmente, peça que contem novamente a história lida;
4 – Em seguida peça para que, individualmente, reescrevam a história sendo o mais fiel possível à história original do autor. Atenção: não é necessário que saibam a história de cor, mas sim que se utilizem das marcas do gênero narrativo, tempo verbal, vocabulário etc. e, principalmente, que mantenham o enredo da história. Portanto, não deixe que alterem o final ou mudem os personagens. É uma atividade de reescrita (escrever de novo o que alguém já escreveu) e não de escrita de autoria, onde teriam que ser criativos e “inventar” coisas.
5 – Com essa avaliação poderemos analisar como as crianças lidam com os recursos lingüísticos: gênero textual, coerência, coesão, segmentação de palavras, ortografia, paragrafação etc.
Eu gostei muito do artigo e me esclareceu várias dúvidas! Espero que seja util para vocês também. Bjsssss e até breve!!!
REESCRITA DE TEXTO
As crianças que estão se alfabetizando agora apresentam uma maior dificuldade em produzir textos, você acha válido pedir que eles façam ou é melhor a reescrita de textos?
Acredito na máxima: “escrever se aprende escrevendo!” Os alunos recém-alfabéticos precisam ser postos para escrever para que se apropriem das características da linguagem escrita em situações de uso, ou seja, na prática da produção de textos.
A reescrita é uma atividade de produção de texto, segundo o referencial no qual me apóio que é o do PROFA “Letra e Vida” que, por sua vez, baseia-se no PCN. De acordo com o PCN a reescrita é classificada como uma produção com apoio.
Quando o aluno faz uma reescrita ele não precisa se preocupar com o que será escrito, pois isso o autor já fez; sua preocupação será como escrever o que já foi dito pelo autor. Portanto, é uma excelente atividade para se aprender como escrever: que palavras usar, como grafá-las, como segmentar o texto, como manter a seqüência dos fatos.
Já a produção de texto como estávamos acostumadas a fazer, é chamada de texto de autoria que é aquele em que o aluno tem que pensar tanto “o que” irá escrever quanto “como” irá escrever. São dois processos distintos e complexos e, por esse motivo, a orientação é começar sempre com a reescrita, para que o aluno se familiarize com as características de um determinado gênero textual e depois passar para a escrita de autoria.
De forma bastante básica, seria essa a seqüência a ser seguida a cada novo gênero textual apresentado à turma:
1 – leitura em voz alta de vários tipos de texto daquele gênero;
2 – reconto (oralmente);
3 – reescrita (individual, em duplas, coletiva);
4 – escrita de autoria.
SEQÜÊNCIA DIDÁTICA - PRODUÇÃO ORAL COM DESTINO ESCRITO.
Esta seqüência didática tem por objetivo que os alunos se familiarizem com a produção de contos de fadas. O contato freqüente com este gênero – que foi lido diariamente por você – e as conversas sobre essas leituras servirão de matéria-prima para que eles, mesmo sem escrever convencionalmente, possam ser autores de versões desses contos.
Isso será possível quando forem propostas atividades nas quais os alunos elaborem textos oralmente,ditando-os para que você faça o registro escrito na lousa ou em um cartaz. Ao ditar, os alunos precisarão sentir-se autores da história, mesmo não estando alfabetizados, e, portanto, é preciso que você tenha clareza do seu papel de escriba.
É importante destacar aqui que mesmo os alunos que já lêem e escrevem convencionalmente podem aprender muito com essa atividade, pois tal estratégia possibilita importantes discussões sobre a linguagem que se usa para escrever, e, em função disso, podem ampliar sua atuação como escritores autônomos.
Como escriba, você poderá utilizar, na frente dos alunos, estratégias de planejamento e revisão da produção coletiva. Isso quer dizer colocar em ação os conteúdos relacionados ao que consiste escrever para escritores mais experientes, realizando atividades de revisão de textos na presença e com a participação dos alunos que priorizem a análise e a reflexão sobre a língua e não apenas a correção do texto.
Essas ações com o texto permitem que os alunos:
• Compreendam para que se planeja um escrito;
• Pensem em diferentes opções para o início de um texto;
• Busquem distintas possibilidades de expressar cada idéia debatendo sobre a qualidade, beleza, precisão de cada uma das formas para escolher aquela que melhor concretiza o que se quer dizer;
• Atenham-se às diferenças entre o oral e o escrito, entre o coloquial e o formal, entre o que cabe apenas na fala e o que só faz parte do universo da escrita;.
• Leiam e releiam (ou ouçam e ouçam novamente) o que já foi escrito para assegurar a coerência com o que está por escrever ou para revisá-lo da perspectiva dos leitores. Tudo isso é imprescindível para que construam conhecimentos importantes sobre os comportamentos de escritor.
Os contos selecionados para esta seqüência deverão primar pela qualidade literária, pois, como sabemos, existem versões muito empobrecidas dos contos, tanto no que diz respeito à trama narrativa quanto ao cuidado com a linguagem. Por isso, quando encontrar um conto com muitas ilustrações e textos de apenas uma linha para cada página, descarte-o. Para esta situação, certamente este é um conto pouco adequado.
A produção ficará a cargo do grupo, mas isso não significa que você não vai poder interferir, muito pelo contrário. Seu papel será o de problematizar as elaborações feitas, confrontar as soluções dadas para um mesmo trecho e explicitar os comportamentos escritores: ler, reler e revisar, eliminar, trocar ou colocar novas palavras ou trechos, reler para ver como continua, para verificar se o texto está compreensível a um leitor ausente, se não tem repetições que o tornam cansativo. Como vê, você terá muito trabalho a fazer.
Mas lembre-se, você é o escriba. Não será preciso que os alunos copiem o texto produzido coletivamente. O objetivo maior desta seqüência é a realização de uma atividade de elaboração de texto com o foco na qualidade da linguagem que se escreve.
O QUE MAIS FAZER?
A continuidade desta atividade é, a partir da escolha do conto de fadas que será produzido oralmente, listar com eles os cenários e personagens que fazem parte do conto escolhido e pedir que, em pequenos grupos, façam, oralmente, descrições destes. Você deve anotar as descrições para retomá-las quando for produzir o texto.
Criar ilustrações para os personagens, neste contexto, faz todo o sentido. Colecione desenhos dos alunos, exponha e compare as diversas soluções encontradas por eles para bruxas, fadas etc. Embora esta seqüência didática esteja voltada para a linguagem que se escreve, é possível elaborar várias atividades de análise e reflexão sobre o sistema, voltadas, particularmente, para os alunos que ainda não escrevem convencionalmente.
Você pode propor que:
• Escrevam listas de seus personagens favoritos.
• Com os títulos de várias histórias conhecidas escritos em tiras de cartolina, descubram, em duplas ou trios, qual título está escrito em cada tira.
• Associem, em duas listas, o vilão e o protagonista de uma mesma história.
• A partir de uma descrição (lida por você), pedir que procurem, numa lista com vários personagens, aquele que você acabou de descrever.
Este procedimento de produzir textos oralmente pode ser amplamente utilizado, principalmente neste momento em que ainda têm muita dificuldade em grafar um texto, mas são perfeitamente capazes de compreender e produzir a linguagem escrita. Você pode propor a escrita de alguns trechos ou de outros tipos de textos, como os informativos, por exemplo.
ORIENTAÇÕES PARA A SONDAGEM: REESCRITA
1 – Escolha um texto de boa qualidade literária e que seja do gênero narrativo (conto, fábula, lenda);
2 – Faça a leitura em voz alta do texto para os alunos (se necessário, leia uma segunda vez para eles, mas somente se necessário);
3 – Faça com eles o reconto: oralmente, peça que contem novamente a história lida;
4 – Em seguida peça para que, individualmente, reescrevam a história sendo o mais fiel possível à história original do autor. Atenção: não é necessário que saibam a história de cor, mas sim que se utilizem das marcas do gênero narrativo, tempo verbal, vocabulário etc. e, principalmente, que mantenham o enredo da história. Portanto, não deixe que alterem o final ou mudem os personagens. É uma atividade de reescrita (escrever de novo o que alguém já escreveu) e não de escrita de autoria, onde teriam que ser criativos e “inventar” coisas.
5 – Com essa avaliação poderemos analisar como as crianças lidam com os recursos lingüísticos: gênero textual, coerência, coesão, segmentação de palavras, ortografia, paragrafação etc.
Eu gostei muito do artigo e me esclareceu várias dúvidas! Espero que seja util para vocês também. Bjsssss e até breve!!!
ah! como é difícil um trabalho de produção respeitando essa sequência... mas o resultado vale a pena! é extremamente gratificante.
ResponderExcluirodeiooooooooooo
ResponderExcluirOlá! ótimo conteúdo, bem explicado!
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